Na Bélgica, primeira mulher transexual é eleita a cargo de vice-premier
De acordo com o site Gay Blog, Petra de Sutter foi escolhida para se tornar vice-premier ministra da Bélgica, e com tal ação, se consolida como a primeira mulher transexual a exercer um dos cargos mais desejados no meio político da Europa.
“Estou incrivelmente grata pela confiança que recebi do meu partido. Agora posso fazer o que for preciso para relançar nosso país e trabalhar para um futuro para todos os belgas”, disse ela por meio das redes sociais.
Alexandre De Croo, um dos diretores da da luta LGBTQIA+, não escondeu a sua felicidade com a nova trajetória de Petra.
“Estamos muito felizes que uma integrante da comunidade trans foi nomeada para este cargo político de nível sênior. A nomeação de Petra é um chamado e uma inspiração para que governos pelo mundo aumentem a representatividade trans em seus quadros superiores”, falou ele à Reuters.
A Bélgica estava sem governo desde dezembro de 2018, quando houve um colapso das coalizão que unia quatro partidas. Desde então, foram 652 dias de governos provisórios, sete legendas conseguiram chegar a um consenso e substituíram a administração temporária nomeada em março.
Já De Sutter também é ministra do Serviço Público e das Empresas Públicas, sendo eleita pelo Parlamento Europeu em 2019, representando o Groen, partido verde flamengo.
Ao longo dos últimos anos, a comunidade LGBTQIA+ tem avançado significativamente ao redor do mundo. Na Argentina, por exemplo, foi inaugurado o primeiro condomínio social destinado às mulheres trans, sendo uma iniciativa do governo federal em parceria com o mosteiro das Carmelitas Descalças chefiada pela freira Mônica Astorga, que dedicou mais de 15 anos de sua vida para ajudar às mulheres trans a saírem da prostituição e vício em drogas, além de ajudá-las a conseguirem um emprego que lhes garantam a sobrevivência.