Primeira roteirista trans da TV manda recado: “Quero hackear os espaços”
Luh Maza é uma precursora quando o assunto é representatividade como roteirista de TV. Em um depoimento sincero e importante ao site da revista VEJA (clique aqui pra ver na íntegra a entrevista) , a profissional narra seus desafios e suas pretensões no segmento.
“Ainda muito nova, aos 18 anos, sentia que dentro de mim existia algo que precisava ser corrigido. Ao longo do tempo, lutei para dissimular minha natureza, pois sentia que precisava esconder quem verdadeiramente sou. Num país como o Brasil, onde a expectativa de vida de pessoas transgêneras não chega aos 40 anos, tive medo de, ao me revelar em público, perder a credibilidade que construí como roteirista e dramaturga”, começou.
“Em 2015, enceno minha primeira peça fora do Brasil. “Carne Viva” se tornou um ponto de virada na minha carreira porque a partir do reconhecimento internacional o teatro brasileiro fica ainda mais interessado no que tenho a dizer e a mostrar”, prosseguiu.
“Não sou a regra e sim a exceção e isso me traz a obrigação de hackear os espaços que conquistei para apresentar um ponto de vista diferente aos que ainda nos enxergam de forma preconceituosa”, bradou.