Diego Carijo, lutador de MMA no México, que se expressa, também, na beleza da arte drag queen, concedeu uma entrevista ao canal Vice, na qual falou sobre seus posicionamentos enquanto artista drag, e a forma como lida com o esporte dentro desta suposta dualidade de suas profissões.
“Depilação com cera é ruim, mas sabe o que é pior? Quebrar uma unha postiça. É um pesadelo. Já os socos no rosto não me incomodam. Eu aguento socos. Eu não sou um lutador muito técnico, mas eu realmente vou com tudo na luta. Eu simplesmente continuo, não importa quantas vezes eu seja atingido. Por causa disso, muitas vezes vou derrotar lutadores que são melhores do que eu”, afirmou.
“Quando a palavra ‘drag’ passou pela minha cabeça, eu soube na hora: é isso! Eu me joguei direto. Tive aulas de dança, fiz furos nas orelhas e depilei o corpo. Aprendi a andar de salto alto e me ajudaram com as roupas”, disse.
“Há uma foto minha com seis anos de idade na qual estou usando o sutiã e a calcinha da minha mãe. Ela me criou sozinha e eu tinha alguns primos gays, então não fui exposto a muitos estereótipos masculinos tradicionais. Talvez seja por isso que posso ser muito feminino. Acho que as pessoas se perguntam se eu sou gay, mas não entendem que feminilidade e preferência sexual são duas coisas completamente diferentes”, completa Diego.