Gil Monteiro e Bruno Camurati foram excluídos de eventos da Igreja após se declararem gays
Os cantores Bruno Camaruti e Gil Monteiro pretendem realizar duas apresentações juntos após terem sofrido casos de homofobia por parte da Igreja. Ambos compartilharam nas redes sociais, durante a última semana, que foram desconvidados de apresentações em eventos católicos devido às suas orientações sexuais.
Camaruti estava agendado para cantar no festival Halleluya e Monteiro revelou que sofreu boicote em eventos da diocese da qual pertencia.
"Estamos conversando sobre fazer um show, em outubro ou novembro, que seria em São Paulo e no Rio de Janeiro", afirmou Monteiro em entrevista ao UOL.
"Nós não vamos desistir, o Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo. A arte tem relevância social. Jesus ensinou que o Evangelho que não se vive não existe. Eu tenho que contar a minha história e cantar as minhas músicas para acolher quem se identificar com elas", acrescentou o cantor.
Exposição dos casos
No comunicado em sua conta do Instagram, Bruno Camaruti havia agredecido a "todo mundo que estava desejando e na expectativa pelo evento".
"Tantos de vocês esperavam me encontrar lá e estavam se planejando pra ir até de longe, e por isso precisei vir aqui avisar [...] Espero que nos encontremos muito em breve em outros shows. Eu seguirei jogando as redes onde o Senhor mandar", escreveu.
Já na live onde expôs o caso , Gil Monteiro afirmou que toda a situação o "machucou muito" e que esse foi o motivo para que ele falasse sobre o episódio.
"Fui convidado a não tocar em um evento da diocese na qual mais trabalhei até hoje. Foi uma ordem superior porque era 'grave' o que sou e o que fiz. O que sou e fiz? Eu sou gay. Estou num relacionamento há mais de cinco anos. Dentro dos meios que participava, isso nunca foi um problema e, de repente, se tornou. Aquilo me machucou muito, por isso, decidi falar", disse o cantor.