Atleta LGBTQIA+ afirma que jogaria na Copa do Qatar: 'Seria uma honra'

"Eu definitivamente iria para a Copa do Mundo [do Qatar] se fosse convocado. Obviamente, isso é uma hipótese extrema, mas seria uma honra " disse o jogador de futebol americano Collin Martin (foto) sobre a possível convocação do seu país na Copa do mundo que será realizada em novembro deste ano - Imagem : Reprodução |Instagram
Collin Martin é jogador de futebol pelo time norte-americano San Diego Loyal

O jogador de futebol gay norte-americano do San Diego Loyal, Collin Martin, afirmou que disputaria a Copa do Mundo do Qatar, caso seja convocado, para "honrar a comunidade".

A presença da comunidade LGBTQIA+ na Copa está em discussão, já que a homossexualidade é considerada ilegal no Qatar e punível em até sete anos de prisão. O país ainda enfrenta acusações sobre violação de direitos humanos durante a construção de estádios.

Para Martin, participar do torneio, sendo ele uma pessoa que se coloca publicamente como queer, seria uma forma importante de se posicionar e apoiar a comunidade.

"Eu definitivamente iria para a Copa do Mundo [do Qatar] se fosse convocado. Obviamente, isso é uma hipótese extrema, mas seria uma honra. Acho que tentaria honrar a comunidade de uma certa maneira e faria isso com respeito", afirmou o atleta em entrevista ao "The Sun".

O meio-campista ainda afirmou que, caso participe, irá "garantir que todos saibam que um jogador gay está participando da Copa do Mundo, que não há problema nenhum com isso e que precisa ser respeitado".

Martin pondera que outros grupos também estão com receio de comparecer ao país asíatico: "Há questões de direitos humanos em vários níveis, direitos das mulheres, como o país vê e aceita as mulheres. Obviamente, no meu caso, há uma preocupação genuína de segurança".

"Serei autorizado a jogar neste país se estivesse na Copa do Mundo?; Eu seria aceito?; Que tipo de abuso eu receberia dos torcedores nos estádios?. Acho que definitivamente há algum trabalho a ser feito e há preocupação, mas se as pessoas não podem ir aos estádios e sentem que não podem ir com seus parceiros, isso é um problema", finalizou o jogador.