Jogadores do Manly Warringah Sea Eagles se recusaram a vestir a camisa alegando motivos religiosos e culturais
Jogadores do time de Rubgy australiano Manly Warringah Sea Eagles anunciaram um boicote a uma partida da Liga Nacional do esporte no país oceânico, ao se oporem em usar um novo uniforme em homenagem à comunidade LGBTQIA+.
O time de Sydney se tornaria o primeiro da Liga a usar o modelo de camisa na partida prevista para a próxima quinta-feira (28 de julho). Os sete atletas que participaram do boicote afirmaram que não foram consultados sobre o uso do modelo de uniforme e se recusaram a usar os novos trajes por "motivos religiosos e culturais". A mídia local identificou os jogadores como Josh Aloiai, Jason Saab, Christian Tuipulotu, Josh Schuster, Haumole Olakau’atu, Tolu Koula e Toafofoa Sipley.
Em entrevista coletiva na última terça-feira (26 de julho), o técnico Des Hasler, pediu desculpas à comunidade queer e apontou que o clube cometeu um "erro significativo", além de causar "confusão, desconforto e dor para muitas pessoas, em particular aqueles grupos cujos direitos humanos estávamos de fato tentando apoiar".
O ex-jogador do Manly Warringah Sea Eagles, e o primeiro da história do time a se assumir gay, Ian Roberts, disse que a atitude do seus ex-colegas de clube "parte seu coração", em entrevista ao jornal australiano Sydney Morning Herald.
Não é a primeira vez que um atleta australiano se opõe a usar uma camisa em apoio à comunidade LGBTQIA+. No ano passado, a jogadora da Liga Nacional de Futebol Americano , Haneen Zreika, perdeu um jogo depois de se recusar a vestir a camisa por motivos religiosos.