"Assédio e tortura todos os dias", diz afegã trans sobre Talibã
Ativista tenta asilo no Canadá enquanto se envolve ativamente para que outros conterrâneos consiga sair do Afeganistão
O Afeganistão nunca representou um lugar seguro para pessoas LGBTQIA+, e a ameaça se torna mais latente quando falamos de pessoas trans. Para a ativista afegã Ozlam, a tomada do Talibã em agosto de 2021 colocou o perigo que as pessoas queer vivem no país em evidência como nunca antes.
Desde então as pessoas LGBTQIA+ passaram a ser consideradas inimigas públicas em território afegão com a ameaça constande de caça do Talibã.
Em entrevista ao portal britânico PinkNews, a ativista disse que sabia que o Afeganistão não era mais um lugar seguro para ela e que, como tantos outros, tomou a díficil decisão de cruzar a fronteira com o Paquistão, mesmo sabendo que o país também não é seguro o suficiente para pessoas queer.
"Sob o domínio do Talibã, enfrentamos assédio, tortura e espancamentos diariamente. Agora queremos defender nossos direitos e levantar nossa voz porque ninguém está focando nos LGBT afegãos e ninguém está cuidando deles", denuncia a ativista.
A ativista ainda revelou ao portal que houve um episódio fatídico que a fez tomar a decisão de tentar cruzar a fronteira.
“Recentemente, eles atacaram minha casa e me espancaram, por isso decidi deixar o Afeganistão e ir para o Paquistão”, diz.