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São Francisco se declara ‘santuário' para pessoas tran nos Estados Unidos
Cidade se torna ambiente seguro para pessoas trans, em meio à crescente preocupação da comunidade com polícias de estados governados por políticos republicanos
São Francisco,cidade localizada no estado da Califórnia (Estados Unidos), deu um importante passo para a comunidade LGBTQIA+ durante o Mês do Orgulho, se declarando oficialmente como um “santuário” para pessoas trans, não-conformes de gênero, intersexuais e two-spirits (dois espíritos, em português).
A decisão foi tomada pelo Conselho de Supervisores da cidade, que votou por unanimidade, na terça-feira (11 de junho), a favor do status de santuário. Assim, a cidade se torna um local seguro para quem deseja procurar cuidados de saúde em transição e também para aqueles que prestam esses serviços, segundo informações da FOX 11 de Los Angeles.
A diretora do Gabinete de Iniciativas Transgênero, Honey Mahogany, disse que está havendo um fluxo de refugiados “não apenas de outros países, mas de outros estados que procuram cuidados e segurança”.
A resolução surge no momento em que comunidades geridas por liberais expressam preocupação com as leis que reprimem os procedimentos de gênero, especialmente para menores, nos estados vermelhos (aqueles governados pelo Partido Republicano) de todo o país.
Os legisladores do Tennessee aprovaram um projeto de lei que criminaliza adultos que ajudam menores a obter procedimentos para transgêneros. Na Flórida, o governador republicano Ron DeSantis (o mesmo da polêmica lei “Don't Say Gay”) assinou uma medida que proíbe tratamentos transgêneros para menores, que foi considerada inconstitucional por um juiz federal.
Outros estados abordaram as questões de identidade de gênero de outras formas, incluindo medidas para garantir a participação segregada por sexo nos desportos.
O governador democrata Gavin Newsom assinou uma lei em 2022 protegendo os procedimentos para pessoas transgêneros na Califórnia, impedindo que as autoridades estaduais apliquem leis de outros estados que reprimem cirurgias e medicamentos para transgêneros.
Embora os defensores argumentem que esses procedimentos são cruciais para proteger a saúde mental das crianças transexuais, os opositores insistem que menores não têm maturidade suficiente para consentir em tratamentos que alteram seus corpos.