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Por que não pedimos ajuda? Desmistificando a vulnerabilidade entre Homens Ursos

Mas há uma resistência que muitos de nós conhecemos bem: o medo do que os outros vão pensar. Será que serei visto como fraco? Será que alguém vai me julgar? | Imagem : Pexels

Vivemos em uma sociedade que nos ensina, desde cedo, que homens precisam ser fortes, invulneráveis e capazes de resolver seus próprios problemas sem pedir ajuda. Na comunidade Ursina, onde a ideia de masculinidade muitas vezes é celebrada de forma robusta e assertiva, essas mensagens podem ser ainda mais intensas. Mas, quando falamos de saúde mental, precisamos enfrentar essas barreiras culturais e emocionais que nos impedem de buscar apoio. Afinal, por que muitos de nós ainda hesitam em pedir ajuda quando mais precisamos?

A verdade é que, mesmo dentro de uma comunidade acolhedora como a dos Ursos, muitos de nós carregam um peso invisível: o medo de parecer fraco ou vulnerável. Por que isso acontece? Parte disso vem da pressão social para corresponder a uma imagem de força e resiliência. A ideia de que homens devem ser sempre fortes, sempre "no controle", pode se tornar uma armadilha perigosa,especialmente quando estamos lidando com questões como depressão, ansiedade ou crises emocionais.

Outro aspecto que complica essa situação é a relação com a imagem corporal. Para muitos Ursos, aceitar o próprio corpo e se sentir confortável em sua própria pele é um processo longo e, às vezes, doloroso. A baixa autoestima pode se esconder atrás de sorrisos e piadas, e a insegurança pode se manifestar como medo de julgamento. Quando já lutamos para aceitar quem somos, admitir que precisamos de ajuda pode parecer ainda mais difícil. Mas é importante lembrar que isso não é fraqueza; é humanidade.

Existe um estigma em torno da vulnerabilidade que precisamos quebrar. Vulnerabilidade não é sinônimo de fraqueza, mas sim de autenticidade e coragem. Pedir ajuda é um ato de amor-próprio, de reconhecer que nossas emoções importam, que nossas dores são reais, e que merecemos cuidado e atenção. O Setembro Amarelo nos lembra justamente disso: a importância de falarmos sobre saúde mental, de reconhecermos os sinais de que algo não está bem, e de buscarmos apoio quando necessário.

Mas há uma resistência que muitos de nós conhecemos bem: o medo do que os outros vão pensar. Será que serei visto como fraco? Será que alguém vai me julgar? Esse medo pode nos prender em um ciclo de silêncio, agravando ainda mais nossos problemas. A verdade é que, ao compartilhar nossas dificuldades, podemos abrir espaço para que outros façam o mesmo. Cada vez que um de nós se permite ser vulnerável, abrimos uma porta para que outros também sejam.

Ness campanha, o tema é claro: Se precisar, peça ajuda! Reconhecer que você está passando por um momento difícil e dar o primeiro passo para procurar apoio é uma das decisões mais corajosas que você pode tomar. Seja através de um amigo, um profissional de saúde mental, ou um grupo de apoio, há muitas formas de começar a falar sobre o que sente.

Lembre-se de que a força verdadeira não está em esconder nossas dores, mas em enfrentá-las. A comunidade Ursina é conhecida por seu acolhimento e apoio mútuo. Vamos usar essa força para cuidar uns dos outros, para lembrar que todos nós temos momentos de fraqueza e que não há vergonha em pedir ajuda.

A autoestima e a saúde mental estão profundamente interligadas. Quanto mais permitimos que nossas vulnerabilidades sejam vistas, mais contribuímos para uma comunidade onde todos se sentem seguros e acolhidos. Portanto, se precisar, não hesite. Peça ajuda. Isso pode ser o primeiro passo para transformar sua vida e, quem sabe, inspirar alguém ao seu lado a fazer o mesmo.

Você não está sozinho. E ao pedir ajuda, você pode ser a luz que outros precisam para encontrar o caminho de volta ao seu próprio bem-estar.

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