Deputado Pastor Henrique Vieira defende casamento homoafetivo no Brasil: “Cheiro de preconceito e ódio”
Político pretende recorrer ao STF (Superior Tribunal Federal) caso o projeto homofóbico seja aprovado
"Se esse projeto for aprovado, nós vamos recorrer ao STF porque achamos que há vício de legalidade. Mas, no mínimo, isso vai gerar insegurança jurídica", diz o deputado Pastor Henrique Vieira, sobre o projeto de lei que prevê proibir o casamento de pessoas do mesmo sexo. - Foto : Pablo Valadares |Câmara dos Deputado
Neste final de semana, o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) se pronunciou sobre a votação na Comissão de Previdência e Família na Câmara dos Deputados que pretende proibir o reconhecimento do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. Em entrevista ao Especial do Domingo, da Globo News, o político defendeu o casamento homoafetivo e afirmou que, caso o projeto seja aprovado, eles vão recorrer ao STF (Superior Tribunal Federal).
“Esse tipo de raciocínio, que em nome de uma moral abstrata, cria uma verdade absoluta e com isso cria um grupo ‘sub-humano’, esse mesmo raciocínio já proibiu que mulheres votassem, já justificou a escravização sobre o povo negro e o apartheid racial”, analisou o deputado.
Pastor Henrique Vieira também apontou que o projeto está tratando a comunidade LGBTQIA+ como parcela inferior da sociedade brasileira. “Você está dizendo que uma parte da humanidade é, basicamente, inferior. E que por isso não pode os seus direitos reconhecidos pelo Estado”, afirmou ele, indignado.
No fim da entrevista, o deputado do PSOL afirmou que o projeto da extrema-direita conservadora tem como objetivo o “cheiro de antipatia, insensibilidade, preconceito e ódio”. Vale destacar que desde 2011, o casamento homoafetivo já é reconhecido pelo STF no Brasil.
"Se esse projeto for aprovado, nós vamos recorrer ao STF porque achamos que há vício de legalidade. Mas, no mínimo, isso vai gerar insegurança jurídica", diz o deputado Pastor Henrique Vieira, sobre o projeto de lei que será votado essa semana, que prevê proibir o casamento… pic.twitter.com/wEl3MxFZvC
— GloboNews (@GloboNews) September 25, 2023