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Mãe de Maníaco do Parque fala sobre gênero e sexualidade do filho
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Além do livro, ainda este ano devem ser lançados dois filmes sobre o Maníaco do Parque – um de ficção e um documentário, ambos pelo Prime Vídeo.
Maria Helena de Souza Pereira, de 77 anos, mãe de Francisco de Assis, mais conhecido como o Maníaco do Parque, abriu o jogo sobre as suposições de que seu filho seria gay ou transexual, os rumores ganharam destaque após a divulgação de trechos da biografia do serial killer, escrita pelo jornalista Ulisses Campbell.
O livro, que será lançado na Bienal do Livro em setembro, em São Paulo, afirma que o assassino era homossexual e escolhia suas vítimas baseando-se na imagem da mulher que ele desejaria ser. A obra revela ainda que um laudo psicológico, ao qual o autor teve acesso, sugere que o criminoso vivia um intenso conflito interno relacionado à sua identidade de gênero e à sua autoimagem.
Entretanto, a matriarca em entrevista recente exclusiva ao jornal O Globo não só desacredita essas conclusões, como as desqualifica como “conversa fiada” e reforçou que o herdeiro era popular entre as mulheres na juventude e nunca apresentou indícios de homossexualidade ou de conflitos com sua identidade.
“Meu filho sempre foi macho. Havia fila de mulheres na porta da minha casa atrás dele”, enfatizou Maria Helena de Souza, lembrando que Francisco sempre foi um jovem notado por sua aparência chamativa e estilo extravagante, características que, segundo ela, não deveriam ser confundidas com a orientação sexual.
“Tudo mentira. Já disseram que ele namorou homens, travestis, homossexuais”, acrescentou a mãe, reforçando que as alegações presentes na biografia não condizem com a realidade que ela conheceu.
Considerado o maior serial killer do Brasil, Assis estuprou e matou pelo menos sete mulheres, além de tentar assassinar outras nove entre 1997 e 1998. Seus crimes ocorreram no Parque do Estado, na Zona Sul de São Paulo, o que lhe rendeu o apelido pelo qual é conhecido. Condenado a 285 anos de prisão, ele deve ser solto em 2028, já que a legislação brasileira não permite que ninguém fique preso por mais de 30 anos. Atualmente, o motoboy, que está com 56 anos de idade, cumpre pena em uma penitenciária em Iaras, interior paulista.