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Governo de SP é condenado por causa de ofensa transfóbica de professor em escola estadual

Segundo processo, docente disse em sala de aula que mulheres trans que usam banheiros femininos seriam "potenciais praticantes de estupro"

Segundo o processo, comentário transfóbico ocorreu dentro de sala de aula - Imagens : internet

O governo de São Paulo foi condenado em primeira instância a indenizar uma aluna transexual que foi alvo de ofensa transfóbica por parte de um professor dentro de uma escola estadual em Guarujá, no litoral paulista.

De acordo com a decisão da Vara da Fazenda Pública de Guarujá, que ainda cabe recurso, a estudante receberá um valor fixado em R$ 8.000, além de R$ 800 por danos materiais para custeamento de tratamento psicológico.

Segundo o processo, o professor discutia com os alunos dentro da sala de aula quando disse que as mulheres trans que utilizam banheiros femininos seriam “potenciais praticantes de estupro”.

O processo corre em segredo de Justiça e, por esse motivo, o nome do professor não foi divulgado.

A sentença foi dada pelo juiz Cândido Alexandre Munhóz Pérez. Segundo o magistrado, como a situação ocorreu dentro de uma instituição pública de ensino, é o estado que deve responder pelo dano.

De acordo com o juiz, o professor, além do constrangimento que causou à vítima, também gerou desconforto aos demais alunos que estavam presentes na sala durante a fala.

A escola, além de ser um local de aprendizagem e de aquisição de saberes, de capacidades, deve ser igualmente um local de acolhimento para os alunos, para que eles possam desenvolver, relativamente à instituição, uma sensação de pertencimento”, afirmou o juiz Pérez na decisão.

Procurado pela CNN, o governo paulista disse, por meio da Procuradoria Geral do Estado, que ainda não foi notificado sobre a sentença.

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