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Papa é acusado de fazer comentários homofóbicos em reunião a portas fechadas
Jornais italianos alegaram que o pontífice usou a palavra "frociaggine" - algo que, em uma tradução livre, equivale à expressão “viadagem” em português
O Papa Francisco teria dito aos bispos italianos para não permitirem que homens gays treinassem para o sacerdócio.
Foi o que disseram dois jornais italianos – alegando que o pontífice, de 87 anos, fez comentários homofóbicos em uma reunião a portas fechadas na semana passada.
Citando fontes de dentro da reunião, os jornais Corriere della Sera e La Repubblica informaram, no dia 27 de maio, que o papa fez os comentários enquanto se reunia com bispos italianos, em 20 de maio.
Os artigos alegaram que o papa usou a palavra “frociaggine” – algo que, em uma tradução livre, equivale à expressão “viadagem” em português. Trata-se de um termo pejorativo para descrever a comunidade LGBTQIA+.
As falas vêm após propostas de bispos italianos para alterar as diretrizes sobre os candidatos aos seminários.
O Vaticano decidiu em 2005 que a igreja não pode permitir a ordenação de homens que são ativamente gays ou têm tendências homossexuais “profundas”. Em 2016, Francisco manteve a decisão.
Dois anos depois, ele disse aos bispos italianos para não aceitarem candidatos gays para o sacerdócio.
Durante seu pontificado, o papa procurou oferecer uma abordagem mais acolhedora aos católicos LGBTQIA+, dizendo “quem sou eu para julgar?” quando perguntado sobre padres gays, e também ofereceu a possibilidade de que os sacerdotes pudessem oferecer bênçãos informais para casais do mesmo sexo.
O jornal Corriere della Sera afirmou que o papa argentino, que fala italiano como segunda língua, pode não ter tido conhecimento de quão ofensiva era sua linguagem, acrescentando que o comentário foi recebido com choque e risadas pelos bispos.
Uma fonte próxima ao papa disse à CNN que também poderia ser entendido como há um “clima gay” nos seminários.
Não há transcrição oficial dos comentários uma vez que a reunião foi a portas fechadas.
A CNN entrou em contato com o Vaticano e aguarda o retorno.