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Masp estende nova bandeira LGBT+ em fachada durante Parada em São Paulo
Boa parte do público vieram vestidos de verde e amarelo, respeitando a proposta dos organizadores do evento.
O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) estendeu a bandeira da diversidade sexual e de gênero em sua fachada pela primeira vez na história para celebrar a 28ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo neste domingo (02 de junho).
A bandeira de mais de 70 metros, que pode ser vista por todos aqueles desfilando pela Avenida Paulista, possui o novo design do símbolo que, além de usar as tradicionais cores do arco-íris, também destaca grupos historicamente marginalizados.
ONovo design foi criado e proposto pela designer ítalo-britânica Valentino Vecchietti, e passou a ser usado a partir de 2021 pela comunidade LGBTQIA+ do mundo todo.
Do lado esquerdo do arco-íris, um triângulo foi incluído. Nele, estão representados a bandeira das pessoas intersexuais (amarela com círculo no centro), das pessoas transexuais (azul, branco e cor-de-rosa), além das cores marrom e preto, que representam a questão racial.
Evento teve um dia de muito sol e sem problemas graves na Avenida Paulista . A celebração deste ano teve como foco a importância do voto consciente para eleger representantes que promovam políticas públicas afirmativas e defendam os direitos da comunidade.
Nesse sentido, o evento ainda trouxe mais uma mensagem importante de ressignificar a bandeira do Brasil, que nos últimos anos virou símbolo do bolsonarismo, e todos abraçarem o verde e amarelo novamente. Grande parte do público, assim como muitos dos artistas, aderiu a ideia da organização da Parada e, além dos tons do arco-íris, foram às ruas com as cores da bandeira.
Em entrevista ao UOL, André Fischer, diretor de comunicação da Parada LGBTQIA+, contou que "depois do show da Madonna, houve um consenso de convocar as pessoas a usarem o verde e amarelo". "Entendemos que temos que dar um recado para o legislativo. E nada melhor do que usar as cores do Brasil, que foram sequestradas em nome de certo nacionalismo, usado como desculpa de discurso de ódio", explicou.
Durante sua fala no evento, a deputada federal do Érika Hilton (PSol-SP) destacou o papel da comunidade LGBT de construir a democracia brasileira. “Nós estamos aqui resistindo, lutando, celebrando e nós estamos dizendo que o Brasil pode ser melhor, pode ser maior. E sabe porque: Porque o Brasil é preto, é LGBT, indígena, travesti, é viado, é sapatão e é não binário. Esse é o verdadeiro Brasil”, afirmou no discurso.
Estadão ignora Parada LGBT de SP e é detonado nas redes: "preconceituoso"
Porém, se a Parada LGBT de SP, que é a maior do mundo e reúne anualmente mais de 2 milhões de pessoas, teve destaque em várias capas das versões impressas de jornais, paulistas ou não, o mesmo não aconteceu com o jornal O Estado de São Paulo, também conhecido como Estadão, que simplesmente ignorou o evento e nem uma nota de rodapé foi utilizada para noticiar o evento que é destaque no mundo todo.
O fato da versão impressa do Estadão ter ignorado a Parada LGBT de SP não passou despercebido e causou revolta entre os internautas, que classificaram a publicação como "preconceituosa".