O deputado estadual Guilherme Cortez, do PSOL, quer instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para investigar e combater os crimes contra pessoas LGBTQIA+ após encontros marcados por aplicativos.

A morte de Leonardo Rodrigues Nunes , de 24 anos, pode ajudar na mobilização de outros deputados. O parlamentar iniciou o processo de coleta das 32 assinaturas necessárias para a aprovação.

O jovem foi encontrado baleado na última quarta-feira (12 de junho) após marcar um encontro pelo aplicativo Hornet, voltado para o público gay, na região do Sacomã, zona sul de São Paulo.

"Estamos em um mês importante [Mês do Orgulho LGBT+]. Lamentavelmente, o caso do Leo é mais um de uma série [de crimes] que estão se tornando recorrentes e que envolvem aplicativos de relacionamentos. É uma forma nova de se perseguir e cometer violência contra a população LGBT", afirma Cortez.

Caso aprovada, o deputado pretende convocar representantes das plataformas de encontros para questionar as medidas de proteção dos usuários, além dos representantes da segurança pública.

"Diante da fragilidade da segurança digital dos aplicativos de encontros, criminosos têm utilizado essas plataformas para atrair homens gays através de perfis falsos e cometer crimes como roubo, extorsão, violência física e homicídios", declara o requerimento da CPI.