Deputado conservador dos EUA, George Santos foi drag queen no Brasil

Envolvido em vários escândalos, ele foi o primeiro membro abertamente gay do Partido Republicano. Em suas redes sociais, ele negou ter sido drag
George Santos e Kitara Ravache - Imagem : (á esquerda ) Wikipédia | (à direita) Facebook

Eleito deputado nos Estados Unidos com discurso homofóbico e transfóbico, apesar de ser abertamente gay, George Anthony Devolder Santos, teria sido drag queen no Brasil. Conhecido no Rio de Janeiro como Anthony, ou pelo seu nome de drag queen, Kitara Ravache, George Santos foi o primeiro membro abertamente gay do Partido Republicano.

Ele venceu em Nova York, um dos centros do Partido Democrata. Após defender muitas pautas conservadoras, foi revelado agora que ele era drag queen no Brasil. Logo que assumiu, porém, ele foi centro de um escândalo por falsificar seu currículo , mentindo sobre sua formação e locais em que já trabalhou. No Brasil, foi acusado de cometer estelionato. Atualmente, boa parte dos republicanos querem que ele renuncie, mas George se nega.

Uma artista brasileira de 58 anos, que usa o nome de Eula Rochard, disse que fez amizade com o congressista quando ele se montava em 2005 no primeiro desfile do orgulho LGBTQIA+ em Niterói, no Rio de Janeiro. Três anos depois, Santos competiu em um concurso de beleza de drag queens no Rio, disse Rochard.

Outra pessoa de Niterói que conhecia o congressista, mas pediu para não ter seu nome revelado, disse que Santos participou de concursos de beleza de drag queens e aspirou a ser Miss Gay Rio de Janeiro. As informações foram obtidas pela Reuters.

Rochard disse ainda à agência que o congressista era uma "drag pobre" em 2005, com um simples vestido preto, mas que em 2008 "ele voltou para Niterói com bastante dinheiro" e um vestido rosa flamboyant para mostrar.

"Mudou muito, mas sempre foi mentiroso. Sempre era muito sonhador", disse Rochard.

Após a repercussão na mídia, George Santos negou ter sido drag queen e diz ser contra concursos de drag. Ele declarou que a informação é uma “obsessão” da imprensa. “A mídia continua a fazer afirmações ultrajantes sobre minha vida enquanto estou trabalhando para entregar resultados”, informou nas redes sociais.