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Governo Lula lança programa de Casas de Acolhimento LGBTQIA+

Um dos objetivos da medida é fortalecer instituições que já trabalham no acolhimento de pessoas LGBT em situação de abandono familiar, risco e violência


Alocada na região central da cidade de São Paulo, a Casa 1 nasceu da ideia do jornalista Iran Giusti, de 28 anos. Ativo a dois anos, o espaço trata-se de uma organização não-governamental que promove moradia a comunidade LGBT, - Imagem : Reprodução | Internet

O governo Lula, por meio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), lançou nesta quinta-feira (07 de dezembro) o Programa Nacional de Fortalecimento das Casas de Acolhimento LGBTQIA+. Publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, a política integrará a Estratégia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Pessoas LGBTQIA+.

De acordo com o documento divulgado pelo Ministério dos Direitos Humanos, o programa Acolher+ tem como objetivo fortalecer e implementar casas de acolhimento para pessoas LGBTQIA+ que vivem em situação ou na iminência de rompimento dos vínculos familiares devido à sua identidade de gênero, orientação sexual e/ou características sexuais.

Além disso, o programa lançado pelo governo Lula também atuará no desenvolvimento e implementação de metodologias de acolhimento para pessoas LGBTQIA+.

Em sua execução, o programa se baseará no reconhecimento das violências e discriminações em razão das condições de gênero e sexuais sofridas pela comunidade LGBTQIA+ de forma estrutural na sociedade brasileira

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Para a secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, o programa "nasce com a expectativa de que os planos, as ações e o desenvolvimento de projetos do Poder Executivo observem a importância da institucionalização das políticas públicas para as pessoas LGBTQIA+, pois não podemos permitir que mudanças governamentais firam o princípio das garantias de direitos fundamentais, previstos inclusive na Declaração Universal dos Direitos Humanos".

Como será implementado?

Em até 120 dias, o MDHC publicará atos para a adesão de instituições públicas e privadas com o objetivo de implementar e fortalecer Casas de Acolhimento para pessoas LGBTQIA+. No mesmo prazo, será instaurado um Comitê de Avaliação e Monitoramento para acompanhar as ações a serem instituídas pelo programa Acolher+.

A iniciativa deverá, ainda, atender às diretrizes da Estratégia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Pessoas LGBTQIA+.

O que são casas de acolhimento?

Diferentemente do conceito de moradia fixa, as casas de acolhimento destinam-se ao abrigo provisório de pessoas afetadas pela violência ou em risco iminente de perder vínculos comunitários devido ao preconceito e às violações de direitos fundamentais.

Essas casas são caracterizadas por serem ambientes acolhedores e seguros, com estrutura de residência compartilhada a médio e longo prazo, podendo operar na modalidade de abrigo institucional ou república, fornecendo condições para moradia, alimentação e higienização.


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