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Procuradora do MP-AL se desculpa por fala sobre pessoas LGBTQIA+
Denise Guimarães de Oliveira afirmou que as falas representam sua crença, mas que isso não interfere no desempenho da sua função como procuradora
Procuradora do MP-AL se desculpa por fala sobre pessoas LGBTQIA+
Denise Guimarães de Oliveira afirmou que as falas representam sua crença, mas que isso não interfere no desempenho da sua função como procuradora
No texto, Denise Guimarães de Oliveira disse que as falas representam sua crença, mas que isso não interfere no desempenho de sua função como procuradora. Disse ainda que o comentário aconteceu em um "diálogo reservado" e que acabou sendo vazado.
Na conversa, gravado no dia 14 de março, a procuradora critica o MP por ter cedido um carro ao Grupo Gay de Maceió, em regime de comodato, que é usado pela ONG para atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade.
“Deus disse: ‘Crescei e multiplicai. Quem disser que esse tais LGBT multiplicam, eu calo”, disse Denise durante conversa com outro procurador sem saber que o seu microfone estava aberto.
Segundo ela, por estar fora de contexto, os comentários proporcionaram "inferência de manifestação homofóbica".
"No exercício das atribuições do Ministério Público, inclusive, na condição de mulher, mãe, irmã, e, avó, jamais ofenderia, deliberadamente, qualquer ser humano, em especial os semelhantes integrantes de comunidade LGBTQI +, ou demais outros grupos minoritários em situação de vulnerabilidade", afirmou.
NOTA
Na Sessão do Colégio de Procuradores de Justiça, do Ministério Público de Alagoas, realizada no dia 14 do corrente mês e ano, em diálogo reservado, com outro colega de colegiado, operou-se o vazamento de parte da interlocução.
A ausência de contextualização proporcionou inferência de manifestação homofóbica, a qual merece ser efetivamente reparada e repudiada, isto porque no exercício das atribuições do Ministério Público, inclusive, na condição de mulher, mãe, irmã, e, avó, jamais ofenderia, deliberadamente, qualquer ser humano, em especial os semelhantes integrantes de comunidade LGBTQIA +, ou demais outros grupos minoritários em situação de vulnerabilidade.
Assim, destaco com veemência, apesar de não ser esta a natureza do diálogo descontextualizado, externo as minhas sinceras escusas, a quem porventura, tenha se sentido ofendido.
A referência bíblica transcrita, reafirmo, não contextualizada, representa a minha crença, mas não implica qualquer desrespeito a liberdade de crença ou não dos seres humanos. Assim, reafirmo o meu compromisso, como mulher, mãe, irmã, avó, e, na condição de integrante do MPAL, de continuar promovendo a defesa dos direitos humanos, com denodo e dedicação, conduta observável nos 40 (quarenta) anos de atividade ministerial.