Tom Hanks afirma que não faria papel gay em 'Filadélfia' hoje em dia
No filme de 1993, Hanks interpreta o advogado Andrews Beckett, que é demitido por ser LGBTQIA+ e ter contraído Aids
O ator Tom Hanks , de 66 anos, afirmou que acredita que não seria capaz de interpretar o personagem LGBTQIA+, o advogado Andrew Beckett, do filme "Filadélfia", de 1993, caso a produção fosse lançada hoje em dia.
O protagonista do drama é um homem gay cis que é demitido do seu seu escritório de advocacia devido sua sexualidade e ao fato de ter o vírus da Aids . O filme rendeu a Hanks seu primeiro Oscar de Melhor Ator, além de ter sido um dos longas de maior sucesso do ano.
O ator acredita que não interpretaria o personagem mais uma vez porque ele acredita que hoje seria visto como 'inautêntico', uma vez que ele se identifica como um um homem cis hétero.
“Uma das razões pelas quais as pessoas não tinham medo daquele filme é que eu estava interpretando um homem gay. Estamos além disso agora, e não acho que as pessoas aceitariam a falta de autenticidade de um cara hétero interpretando um cara gay”, disse o ator ao The New York Times Magazine.
O filme completará 30 anos em 2023 e é considerado um dos primeiros sucessos de bilheteria de Hollywood a abordar a realidade da homofobia e da crise da Aids.
Nos últimos anos, o debate sobre a falta de representatividade LGBTQIA+ nas telas e nos elencos dos filmes tem ganhado intensidade. Darren Criss e Ben Whishaw , por exemplo, já se manifestaram sobre a inautenticidade de pessoas não LGBTQIA+ interpretando personagens queer.