Estrela da Netflix culpa mídia por ‘desumanizar’ pessoas trans
Georgie Stone discursou pedindo apoio à causa trans e culpou mídia por propagar discursos de ódio que põe vida de pessoas trans pelo mundo
Na foto, Georgie Stone discursou sobre forma como a mídia "desumaniza" pessoas trans e as coloca em perigo por todo o mundo - Foto : Reprodução | Facebook
A ativista trans e atriz Georgie Stone comentou sobre os recentes ataques sofridos por pessoas transgénero e culpou a grande mídia por alimentar o discurso de ódio em todo o mundo, o que colocaria vias em risco.
Ao Clube Nacional de Imprensa (National Press Club), ocorrido no dia 04 de abril , em Camberra, na Austrália, a atriz pediu aos governos que tomem uma posição em relação às pessoas trans.
A estrela do documentário “A Vida dos Sonhos de Georgie Stone” disse que as conversas sobre pessoas trans são “desumanizantes” e que crianças são “chutadas como bolas de futebol” devido aos assuntos políticos.
Ela ainda acrescentou que a forma como a mídia representa homens e mulheres trans coloca as vidas dessas pessoas em perigo em todo o mundo.
“Pessoas como eu são feitas para serem predadoras e más – uma afirmação prejudicialmente falsa que cria uma cultura que põe em risco minha segurança e a segurança da comunidade trans”, disse Georgie.
A atriz também mencionou recentes ataques de grupos neonazistas sofridos por drag queens, que classificou como “absurdos”.
“Vivemos em um mundo onde as drag queens são perigosas, mas os nazistas devem ser protegidos por seus direitos à liberdade de expressão quando sobem nos degraus do parlamento e pedem o genocídio de um grupo minoritário. Essas opiniões são discurso de ódio.”
Ela se referia ao recente incidente que ocorreu em Victoria, na Austrália, quando um grupo neonazista denominado Nationalist Socialist Network participou de uma manifestação realizada pelo ativista anti-trans Kellie-Jay Keen. Os homens repetidamente fizeram a saudação nazista, segundo relatou o jornal The Guardian.
Stone se emocionou ao lançar um apelo à ação, pedindo aos aliados que ajudassem a aliviar o fardo que as pessoas trans carregam todos os dias e não apareçam somente quando é conveniente.
“Não podemos continuar lutando sozinhos. Este peso que carregamos é esmagador e implacável. Precisamos que nossos aliados assumam parte do fardo, porque você não pode comemorar conosco no World Pride e depois se dispersar quando os ataques chegarem”, disse. “Se você quer o brilho e o confete, também precisa ficar conosco quando for desconfortável e assustador também”, disse ela.