Funcionário ganha processo após chefe chama-lo de 'rainha do drama'

O administrador de um clube masculino será obrigado a pagar uma indenização de mais de 18 mil libras à vítima
O administrador percebeu a mudança no tratamento desde o momento que se revelou gay no trabalho - Foto : Getty Imagem

Um funcionário foi chamado de "rainha do drama" pelo próprio chefe, Ian Ellis, e moveu uma ação na justiça trabalhista com a alegação de que sofreu homofobia dentro do ambiente de trabalho . Michael Hollingworth era administrador do clube masculino Staincliffe Sports and Social Club, em Batley, no Reino Unido e recebeu uma indenização de mais de 18 mil libras, o equivalente a mais de R$ 117 mil.

Michael contou ao Mirror que a forma que passou a ser tratado depois que se assumiu gay mudou completamente por parte do gerente do local e, no mesmo dia que fez a revelação, Ellis já contatou outra funcionária para perguntar se ela gostaria de trabalhar no clube.

No dia em que Michael falou sobre sua sexualidade, o chefe teria respondido: "Não tenho certeza se isso vai funcionar em um clube esportivo e social". Ellis negou ter discriminado o administrador e disse que era "de conhecimento geral" que ele era gay.

Um mês depois o caso já estava na justiça e o réu disse no tribunal que ele foi demitido por causa de uma discrepância encontrada no cofre do clube. O juiz trabalhista Jim Shepherd decidiu que Hollingworth havia sido demitido não por falta de dinheiro no cofre, mas porque ele era gay.

"O Tribunal aceita que não houve questões de desempenho levantadas durante [seu] emprego antes de [ele] revelar abertamente sua orientação sexual. [Ele] estabeleceu fatos a partir dos quais o Tribunal pôde concluir que [sua] demissão foi um tratamento menos favorável com base na orientação sexual."